sábado, 20 de novembro de 2010

Visitante

Ele chegou de repente.
Sentou-se no sofá e me sorriu, cínico.
Na cozinha, invadiu a geladeira.
E depois deitou-se na minha cama.

Me agarra pelos cabelos,
Beija minha boca com fome
Alisa meu corpo,
sem nenhum escrúpulo.

E lambe minhas orelhas,
e sussura nos meus ouvidos.
E não me diz nada - não é preciso.
Sua presença é plena.

Abro a porta e o convido a sair,
mas com um olhar cruel
ele se nega e me envolve.
Silêncio - ele é todo e só.
Só silêncio.
Lucia  D'Acri

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